Friday, October 05, 2007

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir…


Estive para te escrever mas não consegui encher as palavras com a vida de tantos anos passados… As folhas rasgadas a meio de memórias revisitadas ainda se encontram espalhadas pela casa e em cada recanto encontro uma palavra perdida que és tu. Simplicidade. Essência. Encontro-te na verdade, na dor e ainda mais na saudade. Só consigo apreender-te nesta história desconexa, feita de textos escondidos e de lugares perdidos, consumidos pelo constante regresso à casa de partida das nossas vidas.
Hoje voltei a tentar escrever-te mas parei no primeiro ponto final que fui capaz de desenhar. E não sei continuar-te…

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade.