Tuesday, January 20, 2004

Há pessoas que, sem dar por isso, andam sempre com o coração do lado de fora do peito. São pessoas transparentes, que inspiram e expiram os sentimentos sem tabus viciadores e sem estrategemas forçados. Nem é necessário conhecê-las bem para perceber tudo isto. A sinceridade e a fidelidade sentem-se e explicam-se num mero olhar e uma simples palavra serve como prova incontestada disso. Aparentemente escolhem a timidez como arma defensiva na tentativa de contrariar a transparência de que são vítimas. E falo em vítimas porque não raras vezes são essas pessoas as mais susceptíveis à crueldade atroz do mundo selvagem que se constrói sob os muros falsos da maldade e da hipocrisia.
Isso de andar sempre com o coração do lado de fora do peito, sem uma armadura que o proteja, tem o seu elevado custo, medido em angústias, dor e lágrimas. Mas nada que consiga mudar a sua natureza de infinita bondade...
Tenho conhecido pessoas assim ao longo da vida e devo dizer que é curiosa a vibração forte e positiva da autenticidade...

Saturday, January 17, 2004

«O Último Samurai»

Há filmes que nos marcam pelo desempenho extraodinário de um actor, outros pela profundidade da história, outros ainda pela sublime realização ou pela vibrátil banda sonora. Há, no entanto, filmes que marcam por reunirem todas essas características em simultâneo. Foi o que me aconteceu desta vez, com o «Último Samurai». Invadiu-me uma estranha sensação de contemporaneidade perante as forças inimigas que se debatiam no filme. Os valores dos samurais, a tolerância, a ideia de honra e de serviço desmascararam a ideia errada que todos faziam deles. Eram vistos como selvagens irracionais, demagogos inconsequentes, obstáculo ao desenvolvimento e por isso alvos a abater. Tudo isto com base em julgamentos prévios e errados. Tudo isto com desconhecimento de causa. Quando, no decorrer do filme, somos transportados para o lado de lá, para a tranquilidade dos samurais e nos é dado a descobrir todo um sistema de valores prevalecente e verdadeiro, podemos questionar-nos acerca da evitabilidade de tantas guerras ao longo da história se, ao menos por uma vez, fosse levada a cabo a tentativa de entrar no outro mundo e entendê-lo.
Deste filme ficaram-me resquícios fortes de curiosidade. Este é, certamente, um daqueles filmes a rever vezes intermináveis...

Wednesday, January 14, 2004

E depois da desilusão?
O que vem depois de desmaiarmos sobre o pesadelo que é o de saber que nada do que sonhámos é concretizável?
As vozes agudas da tristeza calam-se, o medo insurge, as mãos tremem e as pinceladas incolores da dor esborratam a história que quisemos acreditar. Ficamos com o nada, com o terrível vazio que se apodera de nós, vazio que bebe das nossas lágrimas e que se alimenta da sonolência de sentimentos para, dia a dia, se fortalecer. Ficamos meio esquecidos e encontramos na noite a maior confidente. Esquecemos as batalhas da vida, fechamos as pálpebras do nosso olhar e acabamos escondidos do mundo e de tudo o que nos pode novamente provocar a lágrima.
Depois da desilusão vem o nada. Quem já a viveu sabe que ela pode ser de uma crueldade atroz. É com gestos de uma frieza glaciar que a desilusão nos vai arrancando da realidade e nos faz mergulhar num mar que acaba por ser apenas nosso. Sem desespero, porque não há nada a esperar. Sem força, porque ela não é mais necessária e, sobretudo, sem quaisquer defesas... Só nos assola um único desejo: o de que o novo amanhecer seja bem mais sedutor...

Tuesday, January 13, 2004

«...Não percas Tempo
O Tempo corre,
Só quando dói é devagar...»

Entre risos e lágrimas vamos escrevendo histórias que nos pertencem. Muitas vezes elas apagam-se da nossa realidade mesmo que nos pareçam inacabadas. Com as mãos cheias de nada vamos caminhando num misto de resignação e revolta. Revolta porque os fantasmas dançarinos que nos obrigam a pensar a saudade aparecem constantemente, quais protagonistas traiçoeiros da memória. Involuntariamente, há momentos em que o passado e as recordações que nele habitam surgem como a nossa única vida presente e em que perdemos a noção das mudanças que entretanto foram ocorrendo e que tornam insustentável o ressurgimento do que já foi vivido... E é de revolta que a nossa alma se veste quando é obrigada a conviver com a saudade, com as pequenas dores que dela se alimentam, e, ao mesmo tempo, é obrigada a desistir das imagens que vagueam errantes por entre trilhos de irracionalidade incontrolável. E é nesta correria alheada dos dias, em que a coragem se perde, que damos por nós fechados num tempo e espaço perdidos, insistindo em relembrar as fotografias que o tempo foi escolhendo sem critério compreensível. Resta esperar que, por entre as sombras vacilantes que se desenham nas paredes do nosso horizonte, resnasça aquele brilho perdido, quem sabe, num olhar, num gesto simples, numa melodia... um brilho que se encontra mas não se procura.
É entre risos e lágrimas que vamos escrevendo as histórias que nos pertencem... e que vamos aprendendo a decorar os lugares que são nossos...

Sunday, January 11, 2004

Há oportunidades que ou as agarrámos prontamente ou elas desperdiçam-se irremediávelmente no passar do tempo. Dizia-me um amigo há tempos que há timings para tudo e que a vida para ele não era mais do que um gigantesco relógio, cujos ponteiros não se compadecem com hesitações ou reflexões demoradas. O truque seria simplesmente apanhar boleia desses ponteiros magnifícos e absorver os segundos que passam como se fossem os últimos, porque nunca se sabe quando o relógio poderá avariar... Mas esse truque torna tudo tão superficial que me arrepia só de pensar que as coisas não têm que ter origens nem significados. Sentir-me-ia perdida se não tivesse que rotular momentos, escondê-los na memória numa tentativa de atraiçoar o próprio tempo. Sentir-me-ia vazia se não parasse de vez em quando para questionar um caminho ou uma resposta. Contudo, acredito que esse meu amigo tenha mesmo razão... a sua teoria é talvez a mais sábia de tão simples. Deixarmos de querer esquematizar as coisas no nosso pensamento de modo a ordená-las, dando-lhes um sentido lógico e ideal, será provavelmente a melhor solução para as conseguir viver plenamente.
Talvez a vida seja mesmo um “Big-Ben” disfarçado e nós simples seres à boleia para uma viagem sem retorno...

Saturday, January 10, 2004

« Porque tu
Deixas em mim
Tanto de ti,
Matam-me os dias,
As mãos vazias de ti. »

Há alturas em que nada parece fazer sentido. As recordações atraiçoam-nos de uma forma que invariavelmente nos conduzem a um estado de espírito nostálgico. É de derrota inconstante que se vestem os dias que nos transportam para o passado recente, passado que nos permitiu um sorriso, ainda que por instantes iludidos pelo nada. Por vezes parece que caminhamos num corredor estreito e frio, marcado por uma eternidade da qual não conseguimos fugir. As portas que se entreabrem à nossa passagem são sempre pouco apelativas. Há algumas pelas quais nos sentimos inexplicavelmente atraídos.
Somos ousados o suficiente para as alcançar... somos ousados para as abrir completamente. Quase sem darmos por isso estamos num quarto novo, com sons novos, paredes flutuantes, imagens intraduzíveis. Por um momento acreditamos termos escolhido o atalho certo. Quem dera que esse momento se pudesse prolongar no tempo sem que as cores apelativas desse mundo novo se tivessem de esbater por meio de uma escuridão traiçoeira. Quem dera que a verdade não fosse tantas vezes corrompida pela brevidade das palavras usadas um dia... Mas é sempre assim. A ingenuidade do olhar apanha-nos sempre desprevenidos por mais mecanimos de defesa que pensámos ter accionado.
É verdade que às vezes tudo é breve por um sopro... Contudo, com esse sopro esvoaçam tantas coisas importantes que nunca temos coragem de resgatar por ser sempre tarde... tarde demais...

Thursday, January 08, 2004

A solidão é o luxo sublime daqueles que sabem esperar... A maior angústia virá depois, quando nos habituamos a viver assim, numa independência galopante, quando o pulsar do nosso sangue é auto-suficiente para alimentar o nosso coração. Parece que a espera se torna a única existência possível e que é mais fácil uma pessoa afeiçoar-se ao silêncio do que a qualquer outra voz. A vida tem destas coisas... de românticos incuráveis mudamos para uma visão da realidade mais sensata mas muito menos apaixonante. Bem sei que há inúmeros riscos, que o tempo voa muito mais depressa que o nosso coração e que um dia destes ainda acordo sobressaltada e apercebemo-me de todo o tempo que já passou por mim. A verdade é que gosto de andar às voltas com a vida, procurando explicar talvez o que é simplesmente inexplicável, escrevendo sobre o meu próprio crescimento na tentativa de alcançar algo que me consiga arrancar da letargia do comum.

«Passei ao lado do Mundo e tomei a história pela vida»
Jules Michelet

Se o Mundo durasse um dia...

E se o Mundo durasse apenas um dia? No choque de uma tal inevitabilidade, o tempo adormeceria por breves instantes numa perplexidade absurda, para depois continuar apressado e indiferente tal e qual um ladrão deliberado de minutos e memórias...
Esse dia teria cor? Talvez adquirisse uma palidez cinzenta e triste, perdendo progressivamente a nitidez dos seus traços, reduzindo-se no fim a um mero esboço rascunhado de vida...
O tempo continuaria a correr... a tez pálida dos dias seria a mesma com a qual somos confrontados todos os dias...
O que mudaria? Provavelmente a intolerância, a pressa, a escravidão de sonhos e de projectos, a espera por um futuro que passaria a ser o presente... Provavelmente não teríamos tempo para pensar... com muita certeza devolveríamos ao Mundo, nesse último dia, as cores e os sons de que somos feitos e iríamos buscar no lugar mais recôndido dos nossos corações tudo o que Amor nos ensina mas que aprendemos a ignorar. Certamente, deixaríamos de querer sentir à velocidade de luz, de correr nervosos e agitados como se fosse nossa obrigação andar atrás do tempo e não o contrário. Talvez apagássemos da nossa testa a linha tensa do dessassego, dos nervos, do cárcere silencioso da rotina, do medo de parar... talvez parássemos mesmo... e redescobríssemos a simplicidade de que somos revestidos.
E se o Mundo durasse só um dia? Provavelmente seríamos mais felizes...

Tuesday, January 06, 2004

Há pouca coisa que não tenha sido já objecto de estudo e de reflexão. Criam-se ciências para os mais variados gostos e manias, valendo aqui a já histórica frase de Nelly Monserrat, a de que não se deve negar à  partida uma ciência desconhecida (certamente todos recordarão o anúncio televisivo, através do qual tal brilhante taróloga publicitava os seus excêntricos exoterismos!). A propósito disto, dei por mim a pensar nas pseudo-ciências que tentam estudar aquilo que será, muito provavelmente, inestudável... Dei por mim a enumerar as esgotadas tentativas de estudar a personalidade humana. De facto, escrevem-se teses sobre os mais diferenciados comportamentos humanos nos mais variados contextos sociais, descrevem-se situações-padrão... mas a verdade é que essas análises, sendo mais ou menos elaboradas, jamais esgotarão a variabilidade infinita dos meandros que contribuem para definir a personalidade de cada um de nós (se é que a personalidade pode ser definitivamente definida...tenho as minhas sérias dúvidas...). Estaremos aqui no campo do infinito e neste campo não se joga com possibilidades esgotáveis. Mas, dizia, dei por mim a reunir algumas dessas auto-denominadas ciências que julgam conseguir definir a personalidade humana. Desde a quiromancia, que ousa descobrir-nos pelas linhas mais ou menos definidos das nossas mãos, até à astrologia, que define o nosso comportamento através de uma influência, que se quer omnipresente, dos astros, estamos perante um sem nunca acabar de tentativas (a que os mais cépticos renunciarão!) para que acreditemos em transcendências que nos influenciam e às quais jamais poderemos fugir. Temos tendência ou não para a depressão porque na nossa mão está desenhado uma linha de determinada forma. Somos alegres ou românticos simplesmente porque os astros que acompanharam o nosso nascimentos assim o determinam. Para além destas teorias simplistas, há uns tempos descobri outra maneira, não menos supreendente, de determinar a nossa personalidade: através da caligrafia. Bem, nesse campo, que me é particularmente caro, já que a minha letra não prima pela perfeição nem pela beleza gráfica, julgo não poder ser imparcial. No entanto, não poderia deixar de tentar inovar. Facilmente encontramos situações quotidianas susceptíveis de análises deste género. Imaginemos uma nova ciência: A Metrologia, que teria como objecto o estudo do comportamento humano através da forma como as pessoas se sentam no metro e como reagem às diferentes situações, desde a existência de numerosos lugares vagos, até à enchente habitual das horas de ponta. Certamente, estarão a achar este devaneio bastante rí­diculo (até eu...). Muito provavelmente não se afastarão muito da verdade. Mas, nunca se questionaram sobre estas coisas? Às vezes, não vos assolam pensamentos tão absurdos e impensáveis quanto este que vos acabo de descrever? Se sim, então a única diferença é que eu respondo a esses impulsos escrevendo, correndo o risco de os meus pouco leitores desisitirem de o ser. Mas, no fundo, esta foi talvez uma tentativa de tentar fugir à  abstracção que me caracteriza e de querer mostrar alguma versatilidade. No entanto, bem sei que esta justificação pouco abonará a desfavor da insensatez absurda que invade as palavras que tenho escritas. Correrei esse risco...

Monday, January 05, 2004

O ser humano tem uma tendência natural para o egoísmo e por mais que nos recusemos a acreditar nisso, somos sempre forçados a admiti-lo. De todas as vezes que pensamos conseguir extravasar o nosso pequeno mundo, eis que um capricho até aí ainda não satisfeito nos faz recuar e voltar para a insensatez de uma realidade que só a nós pertence e que se torna cada vez mais efémera, inconstante à medida que os desejos insaciáveis se sucedem no tempo. Por diversas vezes questiono a contradição de o ser humano ser gregário e simultaneamente profundamente egoísta. Contudo, talvez nem seja uma contradição tão evidente quanto isso. Para tudo precisamos dos outros, mesmo quando se trate somente de alimentar preversamente os nossos únicos caprichos. Provavelmente o egoísmo congrega em si inevitavelmente uma carga intensa de necessidade de socializar, ainda que aparentemente isso encerre algum grau de contradição. Até podíamos ir mais longe neste raciocínio... pensemos nas relações amorosas entre as pessoas. Este é um campo em que a partilha, a dádiva incondicional e o amor encontra a máxima concretização. Mas se aprofundarmos a questão e a compararmos com o que acabou de ser dito, podemos facilmente descortinar que, mesmo neste campo, em que parece não haver espaço para o egoísmo, este sentimento nos derrota por completo. De facto, só partilhamos, só nos damos se isso implicar e enquanto durar a nossa própria felicidade... Damos para recebermos sempre. E quem, romanticamente, desacredite esta verdade está a contradizer aquilo que consubstancia a maior tentação para o ser humano, que é a de alimentar o seu próprio ego e a sua realidade pequena e insignificante. Há, felizmente, raras excepções, exemplos de coragem e de abnegação da própria felicidade, mas, como todas as excepções, estas servem também para demonstrar e confirmar a regra...

Sunday, January 04, 2004

Espera inconstante

É estranho esperar por alguém. Mais estranho é quando sabemos que essa espera não significa mais do que um abraço no vazio. Se me perguntarem porque espero, dificilmente saberei responder... provavelmente mentirei, dizendo que acredito nas razões ocultas que se prendem à  inércia dos meus movimentos. Direi que acredito sem nunca ter acreditado. Mesmo assim, continuo sentada na esquina dos meus sentidos à  espera... talvez não espere nada, mas queira achar que sim, de modo a justificar este silêncio que me invade e que não me incomoda, esta solidão que já não me surpreende e esta tranquilidade que me apaixona. Alegremente, ignorando as vozes sábias de bons conselhos, desarmo as minhas mãos e vendo-me ao sabor da incerteza sem nunca pretender olhar para trás, sem nunca sentir remorsos por perder para sempre a oportunidade de regressar ao ponto em que me era possível lutar. No fundo, caminho nua, completamente despida de sentimentos, sem saber para onde ir. Às vezes acho que é por ti que espero, se bem que a tua imagem seja muitas vezes mera ondulação desfocada no meu pensamento. Se é por essa imagem, cujos recortes ní­tidos desconheço, que me aquieto então a minha espera é, como já disse, um abraço no vazio, porque é um vazio corrosivo que a tua presença ausente sempre me impõe. Outras vezes, acho que espero, não por ti, mas por mim, por sentir que os meus passos se arrastam, algumas vezes, meio perdidos, num rumo incerto, para o nada. E quando me sento, num desalento conformado, sem forças para ter força, finjo esperar por alguma coisa. Tento acalmar o desespero da minha resignação e procuro justificações... digo que espero por algo que não sei bem o que é ou então deposito as minhas desmotivações no que finjo não sentir por ti. A verdade é que provavelmente estarei somente à  espera de me encontrar de novo, de recuperar algumas certezas para conseguir electrificar o silêncio ensurdecedor que me rodeia e poder continuar a decifrar o que está ainda por vir...
Ontem despedi-me novamente do meu verdadeiro espaço... passou a época natalícia com toda a azáfama a que estamos habituados e entramos num novo ano vestidos com renovadas esperanças acreditando que um simples salto de uma cadeira com o pé direito é capaz de melhorar em tudo o que nos está reservado para este ano.
E o que dizer das previsões dos astrólogos, tarólogos ou simplesmente adivinhas charlatões deste país? Com o olhar circunspecto e concentrado tecem considerações sobre a economia em recessão (uma grande novidade!), sobre a guerra no Iraque, coisa que, aliás, ninguém conseguiu prever para o ano 2003 ou então, não querendo ser injusta, se alguém previu não deu importância... afinal de contas é só mais uma guerra (!), mas a previsão mais engraçada é a relativa ao desempenho da selecção portuguesa no Euro 2004. Bem mais cautelosos do que foram nas previsões para o Mundial em que todos viam, nas linhas mais ou menos definidas do futuro, Portugal quase campeão do Mundo, desta vez limitam-se a dizer que a nossa equipa não é coesa e que provavelmente não vai passar da primeira fase. Disse que esta era a previsão mais engraçada... Então o que dizer da relativa ao vencedor dos Ídolos, o programa da Sic? Será talvez a menos feliz. Em torno da unanimidade de todos os denominados nostradamus de Portugal que só viam o Ricardo como vencedor só pode ter sido obra do Diabo o facto de o Nuno ter ganho o programa. Enfim, já dizia o outro que prognósticos só no fim do jogo...
E depois destes desabafos bem mais ligeiros do que os anteriores (talvez seja uma mudança operada pela conjuntura dos astros neste novo ano!) espero ter ido ao encontro de algumas críticas que me foram sendo feitas por um amigo (só um amigo para se dar ao trabalho de ler os meus textos e ainda por cima discuti-los comigo!) que pedia menos profundidade! Mas a verdade é que não sinto que escrevo com tanta profundidade quanto isso... falo das coisas mais simples que podem ser descritas, porque toda a gente as vive de uma forma ou de outra. A minha escrita não é impulsionada... ela acontece por uma necessidade que muitas vezes não consigo entender. Se quiserem, este é o meu estigma!!!
Um ano de 2004 Feliz e recheado de tudo o que mais desejarem!