Friday, April 18, 2008

Para a M.o P. e o I.

Ternura verdadeira e envolvente num espaço que volta a ser o meu, o passado que revive no presente sem deixar de ser futuro, a verdade de sempre que me justifica o pensar e o ser. É assim o regresso. É assim que me sinto. Em casa. Com o amor que lhe é característico, com o tudo que se entranha na pele e nos demais sentidos, o tudo que me aquece o espírito e que me permite o sono sereno perante os sobressaltos do incerto que há-de vir. Permaneço horas neste silêncio, colada aos vidros da janela do quarto, a observar os sons da minha infância e a imaginar como será daqui por diante, com a vida às costas a suspirar em saudade...

3 comments:

Daniel Alves Monteiro said...

Neste momento levos às costas o que hoje sentes. Sei que no meu regresso, a terra vai tremer, o coração vai acelerar, as emoções se vão soltar, a saudade vai chorar e as lembranças me vão acompanhar. Não sei se será bom ou mau, não sei se vou aguentar ou não. Vou querer abraços, beijos, histórias, noviadades, algegrias, sucessos, corações, amor e, acima de tudo, abrirei o meu coração, agora cheio, e vou dar tudo o que tenho, que fui, sou e serei. E serei eu e todos, seremos nós. Sei que quero, mas não sei se sou capaz, sei que posso, mas não sei se devo. Nesse momento só sei eu será apenas esse momento, mas não deixará de ser o momento de sempre.
Que sejas feliz.
Beijos

Anonymous said...

:) Devolto-te o desejo de felicidade, seja ela traduzida ou não num regresso futuro.
Beijos,
Joana

da. said...

..é inerente a todas as viagens a ideia de um regresso..não há ocidente, não existiria mundo sem esta ideia de regresso tal como não existiria a homérica Odisseia sem um ulisses que teima em regressar a casa..e por esse amor, à sua casa, à sua amada, ele perde tudo, incluindo a própria imortalidade...